Coreias: o que sabemos dos países ainda divididos e da colônia coreana em SP?
Veja a seguir um pouco sobre as Coreias, do que consegui apurar de um jantar especial que participei num restaurante típico, e também, do que já conhecia.
As Coreias no programa da GloboNews
(Reprodução Facebook)
Os dois países marcados pela separação política, ideológica e até sociocultural, viraram tema da nova temporada do programa ‘Que Mundo É Esse’, dividido em quatro episódios e que começam a ser exibidos todas as terças-feiras (10, 17, 24 de abril e 1º de maio), às 21h30, no canal pago GloboNews.
André Fran, Felipe UFO e Rodrigo Cebrian foram os repórteres que registraram e idealizaram essas filmagens e entrevistas (de modo bem informal) para nos evidenciar as disparidades entre as Coreias do Norte e do Sul, ainda separadas desde a Segunda Guerra Mundial.
Entrando no clima para entender a cultura coreana

Foi em um jantar especial do qual fui convidado, promovido em um restaurante coreano, o BiCol 빛골, localizado no bairro Aclimação (onde a primeira leva da colônia coreana se estabeleceu por aqui em SP) que pude assistir em primeira mão, o primeiro episódio com as presenças dos repórteres.
André e Rodrigo nos relataram algumas das impressões e curiosidades dos países, principalmente da Coreia da Norte, justamente por ser um país mais fechado que controla os seus cidadãos e até os poucos visitantes que se “aventuram” de ir para lá.
E nós daqui, pelo menos do Brasil, o que sabemos restritamente do país, é o que vemos pelas manchetes mundiais que sempre noticiam o seu programa nuclear e os embates entre seu líder Kim Jong-un e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De cara, eles afirmaram que é muito diferente tudo o que achamos sobre Coreia do Norte, pois ficaram muito impressionados com a cultura, tradição, gastronomia e principalmente com os sistemas de saúde e educação muito bem estruturados pelo Estado (algo que é o “inverso” da nossa realidade brasileira).



Um pouco da cobertura do jantar que participei, onde os repórteres relatam sobre a Coreia do Norte ~ Inscreva-se! Youtube.com/rafagushi
Apreciando a gastronomia coreana

Se foi um jantar, quer dizer que apreciei muitos pratos diferentes? Isso mesmo! Mas para mim, que já sou acostumado com culinária japonesa, comer a coreana, não me causou estranheza pois elas são bem parecidas.
O que eu conhecia de comida coreana era, até então, o Kimchi, espécie de repolho em conserva e temperado; alguns pratos servidos em tigela, tipo os lamens e risotos; e o churrasco Gengis Khan, carnes que são fritas na hora nessa churrasqueira de formato redondo e convexo.
Veja a seguir algumas das iguarias que comi na noite, tudo estava muito bom e que fartura!





A Coreia é aqui também na terra da garoa

E não precisamos ir muito longe, pois temos uma colônia coreana representativa e bem “enraizada” por aqui em São Paulo.
A primeira leva de imigrantes a chegar na cidade foi no começo da década de 60, onde se instalou inicialmente na Baixada do Glicério, próxima ao bairro oriental, Liberdade.
Após se estabelecerem no comércio atacadista, principalmente na região do Brás, os coreanos adotaram a Aclimação como seu bairro favorito para moradia, tanto que, até hoje, há muitos estabelecimentos comercias e restaurantes típicos e bem conhecidos.
Mas foi a partir da décadas de 90, que a colônia se estabeleceu com as lojas de confecção feminina e se mudou em massa para o Bom Retiro, especificamente na rua José Paulino, antes conhecida como o bairro dos judeus, árabes e gregos.
A predominância dos coreanos é tanta (são 40 mil de nativos e descendentes permanentes no local) que o bairro hoje é conhecido hoje como “Little Seoul” (“pequena Seul”, em alusão à capital sul-coreana) ou também “Liberdade dos Coreanos“.
Reportagem do “Jornal da Gazeta” sobre a colônia coreana em SP (Reprodução Youtube)
A herança cultural coreana no cotidiano paulistano

Já existe desde julho de 2016, o Centro Cultural Hallyu, situado na rua Guarani (Bom Retiro) e idealizado pela escritora e jornalista Yoo Na Kim, onde recebe exposições e palestras que incentivem o intercâmbio entre as culturas coreana e brasileira.
Você já deve ter ouvido falar do K-Pop (Korean Popular Music), mais que um gênero musical, e sim, um lifestyle, oriundo da Coreia do Sul e muito disseminado principalmente entre os jovens daqui, que marcam encontros semanais no Centro Cultural São Paulo (Vergueiro/Paraíso) para ensaiar as coreografias de bandas e artistas famosos do estilo.
➡ Confira a matéria especial “UM BRASILEIRO NA TERRA DO GANGNAM STYLE: 15 minutos de fama entre os astros do k-pop” que elaborei para o portal “Clichetes”
E por fim, a culinária que é um item muito apreciado e bem conhecido entre os paulistanos e turistas, os quais já determinaram alguns restaurantes e estabelecimentos para um roteiro gastronômico obrigatório a seguir.
Começando com o Korea House, localizado na rua Galvão Bueno, Liberdade, onde servem o típico churrasco Gengis Khan coreano, de carnes com cortes tipo de carpaccio, marinadas e fritas na hora.
Da região da Aclimação na praça General Polidoro, o próprio BiCol onde estive para o evento da GloboNews, oferece até uma ambientação típica que imita um tatame com mesas baixas, sendo até necessário que você tire os calçados para entrar literalmente no clima da cultura.
E por fim, do Bom Retiro, o Café Turismo Together que fica na rua Prates. Um aconchegante lugar onde você pode, além de desfrutar um café maravilhoso, encontrar pacotes de turismo em grupo para diversos lugares do Brasil.


Fontes: Sites Wikipedia, Folha de S. Paulo, Jornal da Gazeta e GloboNews.
Serviço – Programa “Que Mundo É Esse – Coreias“
Exibido no canal pago GloboNews (consulte o número do canal com a sua operadora) e disponibilizado posteriormente no site GloboSat Play: globosatplay.globo.com/globonews

SINOPSE: A equipe do ‘Que Mundo É Esse?’ se divide para entrar na Coreia do Norte por terra e pelo ar. André Fran, Felipe UFO e Rodrigo Cebrian seguem o roteiro da agência nacional de turismo norte-coreana e desvendam detalhes da realidade da capital Pyongyang. O tom de aventura pode ser creditado ao fato de o regime norte-coreano não ver com bons olhos a presença de jornalistas estrangeiros no país. As gravações são marcadas por uma estética mais próxima das filmagens amadoras de turistas. E ainda: as luzes, o trânsito e o comércio vibrante da Coreia do Sul, bem diferentes da vizinha ao norte.
Livre – Todas as terças-feiras (10, 17, 24 de abril e 1º de maio) às 21h30
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Rafael Gushiken

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