Festival aconteceu nos dias 03 e 04 de Junho no Centro Cultural Rio Verde, em São Paulo

No último fim de semana, na Vila Madalena, aconteceu a sétima edição do Festival PopPorn, um dos mais importantes eventos da cultura erótica, e o São Paulo da Garoa esteve lá pra conferir de perto tudo o que rolou.
Na edição deste ano foram discutidos temas como sexo e o trabalho, empoderamento feminino e “meu corpo, minhas regras”. A programação foi uma verdadeira maratona: mais de 100 filmes de 15 países, 6 workshops, 4 debates, além de exposições, performances e da feira PUPIZ 2017, com a venda de produtos de marcas independentes.


Entre as atividades mais disputadas estavam estava o Workshop de Shibari, ministrado por Toshi-San, para aprender os primeiros passos na arte oriental de amarrar pessoas. Outro workshop que deu o que falar foi o “Pornô – Faça Você Mesmo“, para ensinar os participantes a fazer o seu próprio filme pornô com atrizes experientes na indústria pornográfica. Além disso, o material produzido pode ser levado para casa.
A programação de debates trouxe temas como “Sexo com mais de 50”, mediado por Carol Parreiras, antropóloga e doutora em ciências sociais; “BDSM e fetiche no Brasil”, mediado pelo jornalista Amauri Stamboroski Jr.; “Prostituição, quem pratica?”, pela advogada e jornalista Marie Declerq; e “Arte erótica, pornografia e suas configurações”, ministrado pelo filósofo, professor e autor de livros, Peter Peter Pál Pelbart.
Sexlog

Com 10 anos no ar e mais de 6 milhões de usuários cadastrados , a Sexlog é a maior rede social de sexo e swing do Brasil e foi uma das principais apoiadoras desta edição do festival, marcando presença com um espaço para que os clientes do serviço pudessem comprovar sua identidade ao pedir o Selo Real, iniciativa para combater perfis fakes no site.
Logo na entrada, o que divertiu todos os visitantes, sem dúvida, foi o jogo de argolas pornô. Quem acertava ganhava brindes da rede social, entre eles, chocolates em formato de pênis e bunda.

Bati um papo com a Diretora de Marketing da Sexlog, Mayumi Sato, que falou um pouco mais sobre “sexualidade positiva”, pesquisas que a rede realiza com os próprios usuários, além de como alguns tabus vem sendo quebrados quando se fala de sexo no Brasil. Confira:

SP da Garoa (G. Olhier): Nesses 10 anos de Sexlog, o que mudou na visão que as pessoas têm do portal? Atualmente elas estão mais abertas para falar sobre o assunto e mesmo pra buscar serviços como o de vocês?
Mayumi Sato: Ao longo de 10 anos muita coisa mudou dentro e fora do Sexlog. Nós amadurecemos e definimos de forma clara nossos valores (respeito, liberdade, pertencimento e compartilhamento) e propósito, que é construir um espaço seguro e sem julgamentos para que as pessoas possam curtir a sua sexualidade como quiserem.
Isso permitiu que as pessoas compreendessem melhor a nossa proposta e se sentissem mais a vontade para falar sobre o Sexlog abertamente. Em paralelo, a sociedade vem evoluindo no que diz respeito a sexualidade, ao consenso, ao não julgamento e as diversidades (de gênero, orientação, gostos e desejos). Tem sido uma jornada muito positiva e tirar o sexo do campo do segredo tem permitido que a gente evolua como empresa e também como pessoas.
SP da Garoa (G. Olhier): Vocês são conhecidos por levantar a bandeira da sexualidade positiva. Poderia explicar um pouco mais para os leigos o que é?
Mayumi Sato: O movimento sex-positive defende uma atitude positiva em relação as práticas sexuais e prazerosas, desde que praticadas de forma segura, sã e consensual (SSC). Dentro desse contexto é fundamental que sejam respeitados outros pilares como o não julgamento em torno das escolhas e preferências, a educação sexual e o incentivo ao uso de preservativos para a manutenção da saúde das pessoas. Todos esses temas são recorrentes na nossa comunicação.
SP da Garoa(G. Olhier): Você acha que as pesquisas, que são exclusivas, contribuem de alguma forma para que a questão acima ganhe força?
Mayumi Sato: Com certeza. É fundamental que a gente discuta questões relacionadas a sexualidade olhando dados que contemplam o maior número de pessoas possível, trazendo a tona toda a diversidade em torno do tema. Nós crescemos ouvindo informações que não tem embasamento científico e, infelizmente, nos acostumamos a reproduzi-las em nossas conversas cotidianas. Esse tipo de informação, em geral, tende apenas a reforçar esteriótipos e calar grupos inteiros que se privam de discussões para não se expor, mantendo assuntos relevantes na marginalidade. As pesquisas nem sempre tem resultados intuitivos, ou seja, vão na contramão do que imaginamos durante anos, e tem sido muito esclarecedoras.
SP da Garoa(G. Olhier): Como tem sido a receptividade do novo canal no Youtube? Percebi que tem um conteúdo bem didático. Sabemos que é difícil falar de sexo com o público geral sem ser alvo de piadas e bloqueios, etc…
Mayumi Sato: A recepção ao canal tem sido melhor do que a gente esperava. Percebemos que as pessoas já estão saturadas de piadas vazias em torno de sexo, relacionamentos e sexualidade. Durante muito tempo era só isso que estava disponível e é muito interessante notar o interesse da audiência por assuntos considerados tabu. É claro que ainda é preciso moderar e acompanhar os comentários, mas a verdade é que os haters são exceção e a própria audiência acaba respondendo e lidando com eles, mantendo a conversa num ótimo nível. As sugestões de novos temas também são constantes e nos ajudam a manter o canal relevante.
Experiência única


Sem dúvida foi uma experiência totalmente diferente e inusitada, onde acabei descobrindo novos termos, práticas, acessórios, enfim, coisas que nunca imaginei que existissem. Para quem pretende abrir os horizontes no campo do sexo, o PopPorn é o lugar por onde começar.
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Redação SP da garoa

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