Coletivo ativista russo foi a atração principal do festival “Garotas à Frente”, ocorrido no dia 20/04 no Fabrique Club (SP), que também contou com workshops, exposições e vendas de livros no universo feminista.
O ativismo Pussy Riot em prol de Marielle Franco
Formado por mulheres, em sua maioria, com os rostos cobertos de gorros coloridos para não serem identificados, o coletivo performático da Rússia, Pussy Riot, veio pela primeira vez ao Brasil, se apresentando no festival Abril Pro Rock em Recife (19/04), e no no festival Garotas à Frente em São Paulo (20/04).
Nos palcos brasileiros, o coletivo ficou representado pela sua líder e fundadora Nadezhda Tolokonnikova (Nadya) e pelo integrante (de nome não identificado) que toca as bases de guitarra, baixo e programações de bateria.
O vídeo de fevereiro de 2012 que viralizou e tornou o Pussy Riot famoso no mundo, onde mostra cinco mulheres integrantes que entraram com instrumentos e amplificadores na Catedral de Cristo Salvador no centro de Moscou (Rússia), e fizeram a oração punk “Virgem Maria, Tire o Putin do Poder” (Reprodução Youtube).
Pussy Riot – Oração Punk “Virgem Maria, Tire o Putin do Poder” em São Paulo no Festival Garotas à Frente
Performance dessa oração punk, ao vivo no palco do Fabrique Club, em SP (20/04/2019 – Captação da cobertura exclusiva SP da garoa / R. Gushiken).
A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, que subiu ao palco na apresentação do coletivo no festival Abril Pro Rock, em Recife (19/04/2019 – Reprodução Instagram @wearepussyriot).
Conhecido no mundo afora pelas suas posições contrárias a governos autoritários e ao sexismo, por aqui no Brasil, o coletivo não iria ficar indiferente, tanto que, levou a viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, ao palco em Recife, e no de São Paulo, Nadya levantou uma faixa que continha o dizer: “Fora Bolsonaro” (ao contrário das reações da banda norte-americana Dead Kennedys, em recente polêmica por causa da arte de divulgação de sua turnê brasileira publicada nas redes sociais).
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Nadezhda Tolokonnikova (Nadya) do Pussy Riot (R. Gushiken/SP da garoa) Dançarina encapuzada convidada (R. Gushiken/SP da garoa) Pussy Riot (R. Gushiken/SP da garoa) Pussy Riot (R. Gushiken/SP da garoa) Pussy Riot (R. Gushiken/SP da garoa) Pussy Riot (R. Gushiken/SP da garoa)
O festival Garotas à Frente
Pussy Riot foi o headliner do festival ocorrido no Fabrique Club, região da Barra Funda em São Paulo, que também contou com as atrações musicais brasileiras: Bloody Mary Una Chica Band e Sapataria. Subiu ao palco também, Ingrid Martins do Slam das Minas, que recitou os seus versos no estilo do poetry slam.
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Bloody Mary Una Chica Band (R. Gushiken/SP da garoa) Bloody Mary Una Chica Band (R. Gushiken/SP da garoa) Bloody Mary Una Chica Band (R. Gushiken/SP da garoa) Bloody Mary Una Chica Band (R. Gushiken/SP da garoa) Sapataria (R. Gushiken/SP da garoa) Sapataria (R. Gushiken/SP da garoa) Sapataria (R. Gushiken/SP da garoa) Sapataria (R. Gushiken/SP da garoa) Ingrid Martins do Slam das Minas (R. Gushiken/SP da garoa)
Complementando esse universo de ativismo feminista, ou seja, uma celebração da participação ativa das mulheres em todos os âmbitos da sociedade, o festival continha workshops de stencil art e lambe-lambe comandado pelas meninas do Girls Rock Camp Brasil, acompanhadas de uma exposição dessas obras e de outras artistas importantes (com ilustrações, grafites, etc.) como as famosas Guerrilla Girls, um coletivo de arte fundado no ano de 1985 em Nova York (EUA), que luta contra o preconceito no cenário artístico ao questionar a ausência de obras feitas por mulheres em museus. E para quem se lembrar, em 2017, ganhou uma exposição individual no MASP.
Exposição com o grupo ativista e feminista Guerrila Girls (R. Gushiken/SP da garoa) Exposição com o grupo ativista e feminista Guerrila Girls (R. Gushiken/SP da garoa) Exposição de ilustrações, grafites, lambe-lambes, etc. dentro do universo feminista (R. Gushiken/SP da garoa)
E por fim, representando o campo literário, o festival também foi marcado pelo lançamento de dois títulos de livros, à venda no dia. Um, lançado pela Powerline, o “Garotas à Frente” (que deu nome ao festival), tradução do livro “Girls To The Front” de Sara Marcus que conta a cena Riot Girl americana encabeçada pela banda Bikini Kill, liderada por Kathleen Hanna, e que recentemente voltou a se apresentar nos palcos. O outro, lançado pela Ubu Editora, na tradução foi intitulado de “Um Guia Pussy Riot para o Ativismo“, escrito por Nadya do Pussy Riot, no qual relata a sua experiência como ativista.
Lançamento do livro “Garotas à Frente” de Sara Marcus pela Powerline (R. Gushiken/SP da garoa) Lançamento do livro “Um Guia Pussy Riot Para o Ativismo” de Nadya Tolokonnikova pela Ubu Editora (R. Gushiken/SP da garoa)
Serviço – Pussy Riot no festival Garotas à Frente:
Evento: https://www.facebook.com/events/285488125446518/
Data: 20 de abril de 2019
Horário: a partir das 16 horas
Local: Fabrique Club
Endereço: Rua Barra Funda, 1071 (Barra Funda – SP)
Ingressos online: R$ 80,00 (1º lote – promocional e estudante), R$ 100,00 (2º lote – promocional e estudante)
https://pixelticket.com.br/eventos/3119/festival-garotas-a-frente-pussy-riot
Censura: 12 anos

Arte de divulgação do festival

Euzinho (Rafael Gushiken) no espaço de exposições – “ReSISTERS”


Rafael Gushiken

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